Autora: Luana Paula Golanowksi
Colaboradores: Camila Coelho Carneiro, Michelle Rupollo, Talita Angeoleti Buss
Asma[]
A palavra asma deriva do grego "asthma", com significado de "arquejante, sufocante", e é utilizada desde os primeiros escritos de Medicina.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, onde se tem a dificuldade na entrada de ar nos pulmões, e principalmente na sua saída. Essa dificuldade é conseqüência do acúmulo de muco e do estreitamento das vias aéreas. Indivíduos que possuem suscetibilidade a esta inflamação apresentam sintomas como tosse, chiado, cansaço, aperto no peito e falta de ar, principalmente à noite e/ou no início da manhã.
A reação inflamatória é desencadeada a partir de estímulos como alérgenos, fumaças de cigarro, poeira, e exercícios, o fator emocional também pode desencadear crises asmáticas. Porém para que a asma surja, é preciso ter a predisposição genética e estar exposto aos fatores desencadeantes. Cerca de 100-150 milhões de pessoas no mundo sofrem de asma e a prevalência da asma está aumentando especialmente entre as crianças
Causas da Asma[]
A causa exata da asma não é conhecida. Entretanto acredita-se que seja uma combinação de fatores (genes e certas exposições do ambiente) que interagem para causar o desenvolvimento da asma. Na presença dos fatores desencadeantes da asma a respiração se torna difícil quando pequenos tubos respiratórios, chamados bronquíolos, se contraem ou são obstruídos com muco. Também ocorre quando as membranas que revestem os bronquíolos ficam inchadas. Quando isso acontece, o ar não consegue ser totalmente liberado, permanecendo preso nos pulmões e fazendo com que menos ar possa ser inalado.
Entre os principais fatores desencadeantes da asma estão:
•Alérgenos como pólen, ácaros, poeiras, pêlos;
•Os irritantes químicos (tóxicos) ou poluentes;
•O esforço como corrida;
•Os fatores genéticos (hereditários);
•O fator emocional;
•As infecções;
•Os medicamentos;
•Ar frio
Sintomas da Asma[]
Os sintomas da asma aparecem de forma cíclica, os principais sintomas são:
•Tosse; que pode ser acompanhada de catarro
•Falta de ar
•Chiado no peito (sibilância)
•Aperto no peito
•Respiração mais rápida que o normal
É importante lembrar que nem todas as pessoas que possuem asma apresentam todos os sintomas acima, eles podem variar de pessoa para pessoa.
A asma pode ser classificada como intermitente ou persistente. Essa classificação se faz de acordo com a presença de sintomas, o quanto interfere no dia-a-dia do asmático e o comprometimento de sua função pulmonar.
Asma Intermitente:
sintomas menos de uma vez por semana;
crises de curta duração (leves);
sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês);
Asma Persistente Leve:
presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia;
presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana;
Asma Persistente Moderada:
sintomas diários;
as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana;
Asma Persistente Grave:
sintomas diários;
crises freqüentes;
sintomas noturnos freqüentes;
Diagnóstico[]
O diagnostico da asma é feito com base nas condições clínica do paciente. A história clínica bem detalhada sobre os tipos de sintomas, o que os fazem aparecer, quanto tempo duram, qual seu grau de intensidade e se há padrões reconhecíveis de sintomas, é o meio essencial para auxiliar o médico no seu diagnóstico.
A auscultação do tórax, embora seja parte do exame, no caso da asma, não é, muitas vezes, de muita ajuda para o médico. A ausência de chiados NÃO elimina o diagnóstico de asma. Por outro lado, todos os chiados não indicam necessariamente a condição de asma - o que torna o diagnóstico da asma muito difícil.
Embora o diagnóstico da asma possa ser feito somente com a história do paciente, alguns testes simples podem ser utilizados, como por exemplo:
• Fluxo expiratório máximo
• Espirometria
• Testes de reversibilidade
Tratamento[]
A asma é uma doença que não apresenta cura.
O tratamento da asma baseia-se em dois tipos de ações: as preventivas, que visam evitar que as crises ocorram e ações para tratar as crises, que visam controlar os sintomas quando eles ocorrem.
As ações preventivas envolvem o uso de medicamentos, medidas pessoais e ambientais (evitar mofos, poeira doméstica, poluição, substâncias irritantes, umidade, fumo), combater fatores agravantes e, às vezes, vacinas dessensibilizantes. Para diminuir a freqüência das crises e manter a asma sob controle é fundamental a conscientização do paciente, da família e pessoas próximas ao asmático, ou seja, todos precisam aprender a lidar com a doença, Evitando principalmente os fatores de desencadeamento das crises.
Objetivos do tratamento:
• Ausência de sintomas ou pouca freqüência deles, incluindo os noturnos;
• Apresentar crises mínimas;
• Não ter necessidade de consultas de emergência ou hospitalização;
• Necessitar o mínimo possível de medicação de alívio;
• Não ter limitações nas atividades físicas e nos exercícios;
• Ter função pulmonar quase normal;
• Não ter efeitos indesejáveis da medicação ou apresentá-los em níveis baixos
A asma pode ser controlada na maioria dos pacientes. Quando controlada, os sintomas diurnos e noturnos são incomuns, o uso de broncodilatadores de alívio torna-se infreqüente, o número de crises diminui, a necessidade de faltar à escola ou trabalho se reduz e a atividade física mantem-se normal, bem como a função pulmonar. Em geral, estes objetivos são obtidos com mínimo uso de medicamentos. Com o controle da doença, serão evitados os atendimentos em emergências e as hospitalizações. Se a asma não for bem controlada, ela pode tornar-se crônica com limitação permanente ao fluxo aéreo, levar à limitação física e social.
Prevenção[]
Para prevenir as crises asmáticas algumas medidas pode ser adotadas:
• Encapar colchões é travesseiros
• Lavar semanalmente as roupas de cama
• Retirar as cortinas, tapetes, carpetes
• Evitar contatos com animais domésticos (pêlos)
• Promover a ventilação do ambiente
• Evitar ficar perto de fumaça de cigarro
• Tirar objetos que possam ter ácaros do ambiente
• Não usar venosos tóxicos (aérosois)
Referências Bibliográficas[]
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. .Tratado de Fisiologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. ROBBINS e CONTRAN: Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2004
HARRISON et al.; Harrison Medicina interna - 17. ed. / 2008. McGraw-Hill
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI ,Shiv; Imunologia Celular e Molecular. 6. Ed. Elsevier 2007]
CECIL, Russel L.; GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil tratado de medicina interna. 22. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2005.
Links Relacionados[]
1. Cuidados com a Asma: disponível em: <http://www.paraquenaolhefalteoar.com/asma.php> acesso em: 22 de nov. 2009.
2. Principios da asma: disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/asma/asma-6.php> acesso em: 22 de nov. 2009.
3. PUC-SP Dia Mundial da Asma: disponível em: <http://www.sorocaba.pucsp.br/atn/news.php?id_news=1289&id=1&sub=29> acesso em: 22 de nov. 2009.
4. Controle da asma: disponível em: <http://www.asmasobcontrole.com.br> acesso em: 22 de nov. 2009.
5. Tratamento e Prevenção da asma:disponível em: <http://www.abc.med.br/p/asma+++prevencao+e+tratamento-30763.html> acesso em: 22 de nov. 2009.
6. Asma: disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?38> acesso em: 22 de nov. 2009.